quarta-feira, 25 de novembro de 2009

no fim do dia volta-se ao começo, retoma-se os primórdios principiais de uma construção que, como qualquer outra coisa, mas mais explicitamente um cubo (por sua facialidade simplesmente), só pode ser apreendida por um perfil, um lado de cada vez.

Assim o dia começa se mostrando e, ao mesmo tempo, se ocultando...

inicio preestabelecido com os últimos devaneios francófonos

caminhar pela cidade a procura de uma dada loja não encontrada (a lembrança de que a pessoa que me direcionou já havia admitido em outra ocasião que não possuía senso de direção... esqueci disso)

Ver uma grávida... ela vomita

passar por uma mulher... ela tropeça (não, ela não era bonita)

no fim ou era alguma representação augúrica da providencia, ou uma sobrecarga de minha pessoa. em ambos os casos não posso dizer factualmente, pois em um, não tenho como saber se fui avertido de algum desastre fenomenal que sobrepairava meu ser, pois tomei caminhos outros, e compus uma das possibilidades de uma rede de caminhos possíveis que inevitavelmente não existem. deixando apenas a factualidade do acontecido e invalidando toda possibilidade de múltiplas possibilidades... (logo, nada que eu disse é). e a outra hipótese consiste de uma leitura mística que nego (porém aceito silenciosamente enquanto escuto os passos e pássaros das ruas do centro da cidade).

Talvez mais um dia?

casa. café. sono. música. leitura. aula. fome. casa. comp...

já foi
(isso não é um poema, obvio)

Um comentário:

  1. gosto dos blocos que você ergueu. dos cubos não, medo, prisão.

    andar pelo centro de uma ilha é sempre muito perigoso, por isso as mulheres vomitam, tropeçam e são atraídas magneticamente por ... vitrines, é claro.

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