terça-feira, 4 de agosto de 2009

?...uophgftyl---->o

parece que tudo em mim passa por duas línguas. são essas duas línguas que se entrelaçam
em uma dança constante e confusa em que as duas serpes rodeiam e devoram-se como as
cabeças das cobras imprimidas em partes, imagens medievais alquímicas.
existe uma mãe, outra certamente intrusa
mas a intrusa não é bem uma intrusa, ou se é, foi introduzida muito cedo na roda para
poder ser estranha. logo, a que seria a mãe, hora é intrusa, hora não

a brincadeira que fica dessas duas serpentes,
girando girando girando num circulo sempre fechado aberto
provoca uma espécie de inadequação constante de tudo que se fixa sobre qualquer forma

isso torna difícil escrever
difícil ficar num local
e tudo mais um horrível tédio que só poucas coisas conseguem escapar e me entreter

enquanto isso as serpentes continuam a girar e girar
comendo uma a outra a outra a outra a outr

ra a out
tra a ou
utra a o
outra a

[parece um poema concreto ¬¬ da pior qualidade... logo de qualidade padrão para os concretos... contradições]

talvez tudo isso seria melhor expresso de modo muito mais simples
assim:

619

[mais outro texto ridículo ¬¬ eu detesto (e amo) ser meu pior crítico... bem que acho que encontrei alguém tão critico, ou pelo menos com a cara de dizer... vamos ver]

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